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Um novo relatório divulgado pelo Rabobank mostrou que uma conjuntura de fatores pressionou as cotações de soja neste primeiro trimestre no Brasil e o mercado, agora, aguarda definição. Para os próximos meses, o relatório prevê uma boa produção da oleaginosa na América do Sul. 

“Do ponto de vista da oferta, ressalta-se o aumento das perspectivas de produção na América do Sul no comparativo com o ano passado. O Rabobank estima que a produção sul-americana deverá ficar próxima de 180 milhões de toneladas na temporada 2018/19, 6% superior ao ciclo Anterior", diz o texto.  

Além disso, apesar de perdas produtivas no Brasil em função de volumes de chuvas abaixo das médias históricas no Centro-Sul e Nordeste entre o final de 2018 e início de 2019, a projeção é de recuperação significativa na Argentina ante as perdas observadas na última safra. “A demanda chinesa também arrefeceu nesse início de ano devido aos impactos negativos da peste suína africana sobre a produção local, que tem demandado menos farelo de soja para ração. Além disso, como parte das últimas negociações com os EUA, a China voltou, ainda que abaixo do esperado, a importar soja americana”, indica.  

A disputa comercial entre China e os Estados Unidos segue indefinida, e esse, segundo o relatório, é um fator determinante para o futuro do mercado mundial da soja. “No final de fevereiro, chineses e americanos optaram por postergar o período de trégua nos avanços das tarifas protecionistas, com o objetivo de dar continuidade às negociações. A conclusão dessas conversas será determinante no direcionamento do mercado de soja ao longo de 2019”, conclui.